31.8.07

Fudeu

Entendam como quiserem.

ps - tirei meu nome do blog, isso que dá fazer post pessoais.

28.8.07

Bicho

Eu sei que ficar falando de mim o tempo todo neste blog é um saco e ninguém está realmente interessado na vida alheia, mas a vontade de falar sobre o meu primeiro dia na faculdade foi mais forte do que isso.

Faculdade pública tem o lado bom, mas também tem o seu lado ruim, meu horário é o mais confuso que já vi na vida, aulas que começam ao meio dia e vão até às quatro da tarde não me deixam tempo para almoçar, sem falar das aulas à noite. Então, acho que vou viver os próximos meses a base de cachorro-quente da tia.
Como comida não é o principal assunto, eu preciso falar sobre o que mais me chamou atenção, a desorganização da faculdade. Logo no primeiro dia não tivemos a aula de Filosofia da Educação, porque o professor simplesmente não apareceu. Sei que isto é a coisa mais normal do mundo para os veteranos, mas eu, como caloura (popularmente conhecida como bicho), fiquei frustrada. A sorte, é que tivemos aula de Língua Inglesa com o professor Marcelo Pinto que, aliás, deu uma aula maravilhosa e me deixou apaixonada pelo curso. Fiquei contente por ter acompanhado a aula em inglês sem dificuldade, pois estava com receio. Como muitos sabem, não fiz curso e muito menos fui ao exterior. Aprendi inglês sozinha, lendo e ouvindo música. Sempre odiei essa história de fazer 10 anos de curso ou coisa parecida por isso estudei inglês a vida toda por minha conta e risco.
Fora isto, antes que alguém pergunte, não teve trote. Os veteranos, porém, afirmam que quando menos esperarmos receberemos o que nos é merecido.

Conheci muita gente legal, mas também conheci muita gente jeca, gente que está ali porque como sempre, acharam que o mais importante era entrar para uma faculdade pública e só depois quando já estivesse lá dentro, decidisse o que fazer. Galerinha, vocês realmente acham que vão ser bons profissionais estudando algo que vocês não tem o menor interesse? Todos os trinta e oito alunos podem jurar de pé junto que estão ali porque querem, mas eu não acredito. É só olhar para a cara de uns e outros e você percebe que tem gente ali que vai ter que se desdobrar pra levar a coisa adiante. Mas, isso não é um problema meu, cada um faz o que achar melhor com a sua vida.
Então é isto. Prometo que vou me segurar pra não contar aqui quantas vezes eu fiquei bêbada esta semana, mas volto para fazer um post em homenagem aos vinte anos de idade da minha grande amiga, senhorita Gisele Duarte. O aniversário dela será comemorado neste sábado no Bar do Riquinha (o bar/puteiro mais pé sujo da Lapa), mas a cerveja é barata e vai deixar todo mundo no grau para chegar ao Bar da Ladeira (típico bar de burgueses, mas com um samba de primeira) feliz da vida.

ps - Esse post provavelmente foi ao ar séculos depois de escrito, visto que o blogspot está de birra e não me deixa atualizar.

27.8.07

Bienal

A XIII Bienal, ocorrerá no RJ entre os dias 13 a 23 de setembro. Para mim, é como se fosse a XX Experience dos nerds, então eu já estou começando a me preparar, ansiosa que estou para passar um dia inteeeeiro cercada de livros. Todos aqueles lançamentos ali diante do meus olhos e os clássicos por preços bacanas e aquele cheiro de livro novo, ah, estou muito entusiasmada!
Os homenageados este ano são Ariano Suassuna e Gabriel Garcia Márquez. O Gabriel Garcia eu adoro, o Ariano só conheco por causa da minissérie "A Pedra do Reino" que foi ao ar na Globo há pouco tempo atrás. Mas, eu já assisti a uma entrevista do Ariano na GNT, e esse velhinho com cara de ranzinza tem muita história pra contar, é meio biruta, mas eu já cheguei a conclusão de que não dá para ser brilhante, sem ser um pouco maluco.
Aqui vai uma listinha de livros que eu preciso comprar:

Hell´s Angels: Medo e Delírio Sobre Duas Rodas (Hunter S. Thompson)
O Menino (Edward Bunker)
O Enigma da Pedra (Jim Dodge)
Os 25 melhores poemas de Bukowski (Claaaaro, não podia faltar o velho safado)
Trópico de Câncer (Henry Miller)
Marabou Stork Nightmares (Irvine Welsh)
qualquer dicionário, livro de verbo em francês
e a lista cresce, porém aceito sugestões.

Sobre a vida, as coisas andam muito calmas por aqui, calmas até demais, o que me faz ficar apreensiva pelo o que está por vir, afinal, não tenho dúvidas de que esta é a famosa calmaria antes da tempestade.

24.8.07

Buh

A banda que mais escuto no momento chama-se Math and Physics Club, estou lendo Madame Bovary pela segunda vez, é o único livro que tinha aqui em casa que eu ainda não tinha relido.
A faculdade começa segunda-feira, o Véio vem para o Rio de Janeiro no sábado, a Bienal do Livro está próxima e eu tenho uma lista gigante de livros para comprar e nenhum dinheiro. Eu vou tentar ir à São Paulo em outubro. Eu preciso de dinheiro para assistir a Feist no Tim Festival. Eu ainda não esqueci você.

E é, eu falo sozinha.

21.8.07

A verdade sobre nós, meio intelectuais, meio de esquerda.

Retirado do blog Meio Cítrico, o texto abaixo pode ser um pouco grande, mas vale a pena a leitura. Com certeza você identificará a si mesmo e/ou alguns amigos.

BAR RUIM É LINDO, BICHO!
BAR RUIM É LINDO, BICHO!

De Antonio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. "Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins, que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma ali mesmo.Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó.Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo. Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos:os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae.Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo,saca?).
-Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

20.8.07

je t'aime encore.

Só quem já amou alguém sabe o significado da palavra ódio. Acredito eu, que o ódio seja uma espécie de amor, mas um amor doentio, um amor feio, um não querer bem. O amor que foi entregue e negado, e um amor que é negado, volta tingido de sangue, embrulhado em dor. Dor que se espalha por todo o corpo até atingir a alma.

Eu te odeio alguns dias da semana, mas ainda reservo outros pra te amar.

16.8.07

E a vida continua

Acho que quem visita o blog do Shiraga, já ouviu falar deste cara, aliás, acredito que foi através dele que descobri o Banksy. Eu fiquei encantada quando vi, mas também fiquei pensando que tem tanta gente talentosa por aí, fazendo um montão de coisas e eu não sei fazer absolutamente nada, só admirar. Então, eu decidi que vou tentar aprender a fazer stencil, pra pelo menos criar as minhas camisetas e pagar pau direito para as coisas que gosto.
Uma delas, é finalmente ter uma camiseta do filme Waking Life (foto). O filme que me fez virar fã de carteirinha do diretor Richard Linklater. Até então, os meus diretores preferidos eram dois: Kaufman e Cameron Crowe.
Eu queria realmente falar um monte sobre esse filme e quais os preferidos e todas as curiosidades, mas a verdade é que eu ando em um constante estado de embriaguez e na maioria das vezes que estou na internet, eu estou com uma puta ressaca e sono.
Na verdade, isto é só uma desculpa para a falta de criatividade e má escrita.

Só tem uma coisa que eu realmente preciso contar, ontem fui ao Cachaça Cinema Clube, um especial que acontece toda primeira quarta-feira do mês no Cine Odeon, e como ontem era o aniversário de cinco anos do Cachaça, exibiram os melhores curtas de um diretor até então desconhecido para mim, o Edgar Navarro. Foram exibidos cinco curtas, sendo uma trilogia que começa com a fase oral, chamada Alice no País das Mil Novilhas, uma versão bem mais interessante do que a original, eu poderia dizer. Queria colocar aqui um trecho do curta, quando a pequena Alice come um cogumelo e no meio da sua viagem, começa a tocar Here Comes The Sun, do Beatles, mas infelizmente não tem como. Uma pena, essa foi uma das melhores cenas que já vi na minha vida.
A segunda parte da trilogia leva o polêmico nome de O Rei do Cagaço, é a fase anal e é digamos assim, desconfortável de assistir, vocês podem imaginar o porquê, e por último, mas não menos importante, a terceira e última parte, é o filme fálico, chamado Exposed.
Além destes, também foram exibidos os curtas Lin e Katazan e Superoutro, também do diretor Edgar Navarro. Este último, foi o meu preferido e acredito que o de todas as 600 pessoas que lotaram o Odeon e esgotaram os ingressos. Dizem que até hoje Caetano Veloso faz umas sessões privadas na casa dele, mostra às pessoas o filme.
Pra terminar, após a sessão, algumas doses de cachaça de gengibre de graça, pra esquentar a noite fria e claro, ir à festa no Cordão do Bola Preta. Realizada pelo evento, com muita gente bonita e cerveja cara. Foi uma noite memorável.

13.8.07


11.8.07

Notícias aleatórias

Agora falta pouco, a faculdade já vai começar e eu me sinto ansiosa, não pela faculdade em si, mas por finalmente ter algo pra fazer. Tem acontecido bastante coisa por aqui, mas a vontade de falar sobre anda cada vez menor.
Então, o que vale a pena ser dito é que Bonecas Russas é um filme não tão recente, mas que eu só consegui ver agora. Sempre fui louca pra assistir a continuação de Albergue Espanhol e apesar de ainda preferi o primeiro, tenho que dizer que o filme é tão bom quanto eu esperava. E a história de que todo homem acredita que as mulheres são como bonecas russas (sempre tem outra por vir e por isso eles não conseguem ficar muito tempo com a mesma), é a mais pura verdade.

Mudando totalmente de assunto, fui à um bar conhecido como Beco do Rato (foto), esquina com a rua Joaquim Silva, coração da Lapa e antigamente frequentado por grandes nomes do samba como Noel Rosa. Aquele lugar é de longe o meu preferido agora. O que você vê ali você não verá em nenhum outro lugar. A cerveja gelada, os universitários, os coroas chamando meninas de vinte anos para dançar e dando um show, os travestis, gays, turistas, todos juntos no maior clima de descontração ouvindo um maravilhoso chorinho. É coisa que só quem é carioca pode saber.
E pra terminar, fui ao show do Forgotten Boys ontem, ainda estou me recuperando da ressaca, o que valeu ali foi a companhia, porque o show foi uma merda.
E eu vou ficando por aqui.

8.8.07

Feist

Agora é oficial, a cantora Feist virá ao Brasil em outubro e tudo indica que o show ocorrerá no Tim Festival no mesmo dia que a Björk. Como meu aniversário sempre coincide com o festival, eu não poderia desejar um presente melhor.

Pra quem não conhece, vai o clipe de "1,2,3,4", meu preferido.

4.8.07

Acabou

Deixa-me desabafar aqui e dizer que perdi o chão, dizer que por um momento eu olhei para as coisas e era como se eu não enxergasse nada. Eu tinha perdido a visão, perdido o senso, perdido tudo e o que me restava era só a loucura e uma coisa estranha que crescia dentro do peito, trazendo-me um gosto amargo na boca. Não poderia me enganar, não era um sintoma, uma doença. Aquilo que eu estava sentindo não era nada mais que a desilusão em sua forma palpável. Dava pra escutar o barulho de algo quebrando se você prestasse atenção. Como se alguém tivesse pegado um copo de vidro e o tacado no chão violentamente. E eu fiquei ali, olhando para os cacos, sabendo que eu não poderia consertar. Admirando pela última vez o que antes era algo sólido, era uma certeza. E chorando baixinho. Por dentro, porque nesses momentos você não quer que ninguém saiba. Não quer que ninguém veja que você está menor, está um pouco destruída e um pouco mais feia.

3.8.07

Fup

Se você (no singular, pois é o único leitor), soubesse quanto tempo eu levo para escrever duas linhas neste blog entenderia porque eu fico dias ausente. Eu percebo o quão confusa sou quando tento escrever, é um turbilhão de coisas sobre a qual eu quero falar. O último livro que li, a tristeza sem motivo, a reunião de amigos na segunda-feira mais fria do ano. É tanta coisa e ao mesmo tempo não é nada, que eu escrevo e apago. Cinco, até dez vezes, antes de conseguir postar alguma coisa aqui. Acho que por mais que eu não tenha público, as poucas pessoas que visitam merecem ler algo útil e ainda que eu não consiga, eu tento pelo menos colocar as vírgulas nos lugares certos. O que nem sempre acontece.

Nem contei pra você, mas recentemente eu li o livro do Jim Dodge, aquele chamado FUP. E novamente eu faço votos para que alguém se inspire com o texto e leia alguma coisa dele também. O livro é pequeno e pode ser lido de uma vez só. Eu o li em duas horas. Duas horas em que eu sequer senti o tempo correr. Pensei em vários adjetivos para descrever o livro e os que me vieram a cabeça foram: delicioso e psicodélico. O Biajoni, em seu post mais recente consegue explicar bem melhor do que eu o que você sente quando ler sua obra. Mas com o trecho que separei, pode-se ter uma idéia:

" Estava sonhando com as adoráveis irmãs gêmeas se aconchegando no seu corpo quando a lua cheia se ergueu sobre o rio, ofuscante e limpa. Ouviu um choro abafado, uma criança no outro quarto, anos atrás, e aí ouviu seu nome sussurrado, talvez Miúdo tentando acordá-lo, ou uma das belas filhas do cacique murmurando seu nome no sono. Escutou atentamente na escuridão, uma concentração que parecia tirá-lo de si mesmo em uma suspensão vazia. Escutou o próprio coração parar de bater, o último encher de pulmões deixá-lo em um silêncio luminoso. Esperou, totalmente quieto. Escutou seu choro suave retornar em sua carne, desvanecendo-se em direção à lua. E então um sussuro de asas enquanto era erguido.
Podia sentir, pelo jeito como era levado, que não se tratava de anjos, não podia conceber que fossem anjos, tinha tanta certeza de que eram patos que nem se incomodou em abrir os olhos. Pacientemente, fez um último esforço para conseguir mais uma batida de coração, mais uma respirada, e então lhes disse com teimosia e ênfase, sem demonstrar nenhum arrependimento ou pesar:
- Ora, com os diabos, fui imortal até morrer.
Esperou, mas não houve mais respiração. Sucumbindo por si mesmo, relaxou e deixou que o levassem."