24.12.07

Posso resumir minha vida em uma palavra: ressaca.

1.12.07

Porra

Quem te viu, quem te vê Andressa.

30.11.07

Pra quando o carnaval chegar

Tá rolando tanta coisa nessa minha humilde vida que me falta tempo e paciência pra escrever. Não que alguém se importe com isso, mas eu sempre gostei de deixar registrado em um blog os momentos mais tristes/felizes da minha vida.
O problema é que eu estou atolada de trabalhos na faculdade, todos para semana que vem e eu ainda não fiz nenhum, porque como boa procastinadora que sou, deixo tudo para o último momento. Ando tendo pesadelos com isto, mas continuo enrolando. Vai entender.


O carnaval de rua no Rio já começou e eu estou feliz da vida. Semana passada matei a saudade do bloco Céu na Terra, um dos blocos mais famosos de Santa Tereza. Rolou um ensaio na Fundição Progresso com direito a chopp Brahma, confete e serpentina. Não precisa dizer que me acabei né? Eu e meus amigos sempre somos uns dos mais animados e o pessoal do Bloco elogiou a gente por esbanjar tanta alegria. É, eu só sou feliz no carnaval.

Essa semana um grupo de maracatu se apresentou na minha faculdade, eu que gosto só um pouquinho de maracatu me emocionei, pois os dançarinos eram crianças! Olha que fófis!
No final falei com uma das responsáveis pelo o grupo e descobri que são crianças carentes do complexo da Maré, que aprendem Maracatu entre outras danças brasileiras na escola, são atividades que visam manter a mesma lá dentro e a Petrobrás financia o projeto. Achei muito bacana!

Para a semana que vem, temos Escravos da Mauá e o ensaio já famoso no RJ todo, com suas cabrochas e bambas do samba, temos também Cordel do Fogo Encantado na Fundição Progresso no dia 07 pela bagatela de 20 reais (a meia) e pra terminar com chave de ouro, o Rio Maracatu que se apresenta no dia 08 também na Fundição. É meu povo, o carnaval já começou!

18.11.07

Pronto

Meti na minha cabeça que vou para a Irlanda.

10.11.07

Time has told me

Voltei a ouvir Nick Drake diariamente, apresentei o mesmo para alguns amigos meus, mas nenhum pareceu muito empolgado. Não entendi, porque quando eu ouvi Nick Drake pela primeira vez (lembro até a música, chamada One Of These Things First), eu me apaixonei pelo homem. Não tem como não me emocionar com as músicas, principalmente quando ouço River Man, me arrepia até o último fio de cabelo.

Mudando de assunto, finalmente, após algumas semanas difíceis, as coisas voltaram ao normal por aqui. Até que dessa vez não foi muito difícil dar fim a algo que não iria pra frente, porque é aquela coisa, quando tá rolando um sentimento fica meio difícil de fugir, rola um sadomasoquismo. Mas dessa vez ficou tudo bem, minha preocupação voltou a ser os estudos.

Pra esse post não ser totalmente inútil, termino com um vídeo lindo da música Nothern Sky, o menininho bonito no final do vídeo é o Nick Drake quando criança.


6.11.07

Martin Craft

Martin Craft, minha recente descoberta no MySpace e meu mais novo vício. O único problema é encontrar músicas para download, já que o cara pelo o que parece é pouco conhecido e eu ainda não aprendi a jogar os vídeos do youtube no iPod. Mas não tem problema, dá uma olhada no trabalho do cara e me diz se não é bom?


É bom, é muito bom.

Paga a minha terapia

Gente, eu sei que tenho problemas quando leio uma notícia como essa e ao invés de ficar chocada, a única coisa que penso é: Mark Renton ficaria orgulhoso.

É exatamente a mesma personalidade doentia-freak do meu amado personagem Renton, até as olheiras sexies ele possui! Eu só queria imaginar o quanto Peter Doherty devia estar se divertindo com essa história toda. Afinal, todo mundo realmente acreditou naquele papo de que ele estava "missing" hard drugs, enquanto tinha acabado de dar um pico. Me divirto.

2.11.07

comofas?

Eu admito, estou completamente viciada em blogs. A primeira coisa que faço quando chego da faculdade é abrir a minha lista de favoritos e ler blog por blog. Um atrás do outro. Eu preciso saber da sua vida, saca? E aí quando termina a lista eu fico triste e migro para os blogs americanos de fofoca porque gente, adoro acompanhar a saga da Britnéia, um verdadeiro show de horrores. Me divirto.
*

Eu tenho textos e mais textos para ler, já levei bomba em uma prova e eu não consigo reverter a situação porque parece uma bola de neve. Vai acumulando e quando você vê, você só corre, porque não adianta mais. Pois é.

*

Hoje é dia dos finados, provavelmente vai cair uma chuva dos diabos, mas eu não quero nem saber, vou para Maratona Odeon, evento que ocorre toda primeira sexta-feira do mês, assitir filmes lado b-alternativo-underground até seis horas da manhã se os Deuses colaborarem porque ultimamente tá brabo ein, não vou te enganar não ein. E eu vou lá porque tem anos que não vou ao cinema e tenho medo de dormir sozinha em casa no escuro. Tudo bem que vou super dormir na cadeira quando estiver na metade do segundo filme (realiza o saco de pipoca caído no chão e a baba no canto da boca), mas faz parte. Cada um leva a vida do jeito que pode.

29.10.07

Me dá

tô precisando.

28.10.07

Lucky Day

Perdi o ingresso do Tim Festival no dia do show, até agora um verdadeiro mistério.
Seja quem for a pessoa que está se divertindo com toda a minha infelicidade, pode ter certeza que eu estou desejando tudo em DOBRO.
obrigada.

24.10.07

peito vazio

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio.
Procuro afogar no álcool
A tua lembrança
Mas noto que é ridícula
A minha vingança
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais
E com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai

(Cartola)

19 anos hoje.

22.10.07

It hurts like hell

Alguém faz parar porque tá doendo pra caralho.

19.10.07

Hell

"O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida." (Caio Fernando de Abreu)
Sabe aquele ditado que diz que você só dá valor a alguma coisa quando perde? Então, não existe maior verdade do que esta. Estava ali sabe, era só assumir o fato e pronto, estaria entrando em uma nova fase da minha vida. Mas não, fiquei confusa, neguei mil vezes. Afinal, não estava rolando nada, nunca esteve, vocês estão viajando. Mas de repente, algo explodiu aqui dentro do peito e voltei a sentir aquela dorzinha que eu tanto gosto, sim, porque eu sou masoquista e gosto de sofrer de amor.
E aí em seguida vem a fase dos sonhos. Eu posso passar um dia inteiro sonhando acordada com a possibilidade de ser feliz com a pessoa, mas levo menos de um minuto para destruir minhas próprias fantasias, como fiz agora. Era um pequeno detalhe, algo que eu não havia percebido antes e que faz toda diferença. E aí é só dor, dor e dor e eu decido enlouquecer. Que se foda - eu penso - de algum modo o meu mundo tem que parar de girar. E aí eu me recupero, eu sempre me recupero. Me sobram apenas a ressaca, as olheiras e algumas poucas lembranças da noite anterior. Mas eu não choro, porque eu amadureci pra caralho em poucos meses e já cansei de chorar. Chega dessa história de me sentir infeliz por causa dos outros.

16.10.07

q

Não sei, mas meu contador de visitas afirma que toda vez que alguém procura por "maconha" no Google acaba caindo aqui.

15.10.07

E ela ainda está sambando

Muita coisa pra contar e pouca vontade de escrever. Passei os últimos dias em Friburgo, congelando de frio enquanto o resto da população do Rio fritava em engarrafamentos gigantescos e praias lotadas.

Agora que cheguei, posso finalmente falar sobre a noite de quinta-feira, sem exatamente saber por onde começar. Foi maravilhosa, isso eu posso dizer com toda certeza. Começou com o já famoso chorinho no Beco do Rato, onde um senhor de idade me tirou pra dançar mesmo sobre os meus protestos de não saber sambar. Mas o senhor realmente entendia da coisa, me fez rodopiar no salão e ainda arriscar uns passos mais ousados. Fiquei boba de felicidade e fui para o Circo.

Quando estava ali no Arcos da Lapa, alguém me grita e era ninguém menos do que a Pree, a minha amiga virtual de anos. Como as duas estavam visivelmente bêbadas foi um encontro um tanto emocionado, digamos assim.
Nesse meio tempo (eu não consigo lembrar como nem que horas eram), surgiu uma banda tocando marchinhas de carnaval no meio da rua. Como bêbado é muito criativo, eu e Biel puxamos um tremzinho que acabou virando um tremzão e quando se viu, havia em plena praça um grande grupo de pessoas fazendo tremzinho, sambando e dançando como se fosse carnaval de novo. Olhei para aquilo tudo admirada, às vezes reclamo muito do Rio de Janeiro, mas acho que em nenhum outro lugar do mundo eu veria isso. Me derreti de amores pela minha cidade.

Quando finalmente entrei no Circo, o Móveis Coloniais de Acaju já estava tocando, tocaram pelo o que me pareceu duas horas intermináveis. Não tive a menor paciência para assistir o show todo e fiquei ligando desesperadamente para o celular do Biel porque o mesmo tinha desaparecido e eu estava sozinha, bêbada e entediada até que começou o show do Manacá. Minha gente, o que foi aquilo? Manacá é luz! Fizeram uma brilhante interpretação de duas das minhas músicas favoritas, Canto de Ossanha (Baden Powell) e Tinindo Trincando (Novos Baianos).
Após o show, eu finalmente encontrei Biel e o pessoal, todos extremamente alcoolizados, inclusive eu. Foi uma noite linda.

Pra fechar o post tosco e mal escrito, um vídeo do Manacá no Circo Voador. Babem.


9.10.07

we've lived in bars


Vou embelezar meu blog com uma foto da Chan Marshall enrolada em uma camiseta do Bob Dylan, com uma tremenda cara de bêbada e um cigarro na mão. Me diz se tem coisa mais segzie minha gente?

A expectativa para assistir ao show só aumenta, o último que ela fez no Brasil em 2001 deixou muita gente com sono. É que a Chan era muito tímida e tinha vergonha de subir no palco, então, para encarar a platéia bebia muito e durante o show esquecia a letra de algumas músicas, não interagia com o público, além de outras gafes. Mas agora a menina tá com tudo e não tá prosa. Largou a bebida e gravou em 2005 o cd The Greatest. Não sei exatamente qual a relação que álcool e drogas tem com a qualidade da música. Mas, na minha opinião esse é o Cd mais fraquinho dela. Gosto de pouquíssimas músicas, mas é válido porque mostra um lado mais brilhante da Chan, agora ela não está mais tão sombria e melancólica em suas canções.

Espero que apesar do seu novo estilo e novo Cd, ela continue a tocar as músicas que me fizeram virar fã. Músicas como He War, I Found a Reason (que na verdade é um cover do Velvet Underground que ficou lindo na versão dela), Metal Heart e Cross Bones Style. São tantas que nem daria pra falar aqui. É esperar pra ver.

*

Update:

Marcelo Costa fala sobre o novo Cd do Radiohead em sua coluna na Scream&Yell. O novo Cd chamado In Rainbows, veio para revolucionar, o que não é uma novidade quando se fala sobre o Radiohead, banda que já revolucionou o rock com o lançamento de Ok Computer em 1997. O fato, é que desta vez não haverá nenhuma gravadora por trás do lançamento e dois meses antes você poderá ir no site (http://www.inrainbows.com/) e comprar as músicas pelo o valor que quiser. Mas calma, não vá se animando muito, pois logo após o lançamento oficial, o preço do albúm completo sairá por 40 libras (o que é bastante salgado para nós brasileiros). Porém, quem puder adquirir, vai se deliciar com um pacote maravilhoso que inclui um disco duplo de vinil e um CD multimídia com mais sete faixas extras, além de fotos, arte e letras. Interessou? Para ler a matéria na íntegra é só clicar aqui.

*

MOLA 2007

Móveis Coloniais de Acaju é uma banda de Brasília, que sempre faz shows no Rio e eu sempre perco, por motivos tolos. Desta vez não vai haver desculpas. O Mola (MOSTRA LIVRE DE ARTES), é um evento que ocorre todo ano no Circo Voador e tem como intuito apoiar novos talentos, sejam eles nas artes, na música ou no cinema. O evento ocorrerá todas as quintas-feiras do mês de outubro e amanhã apresentará os seguintes shows:

Móveis Coloniais de Acaju
Caô de Raiz
Vulgo Quinho e os Caras
Maracutaia
Manacá
Orquestra Popular Brasil de Cara

Não preciso nem falar que a programação está maravilhosa né? Finalmente vou assistir a banda e de quebra ainda fazer uma dobradinha com o Manacá, banda que também sempre perco a oportunidade de assistir.
Quem estiver duro, basta chegar antes das oito horas que a entrada é de graça, após as 20h a entrada custa 10 reais. Moleza.
Ah! E antes que eu me esqueça, a Pree, uma amiga que conheci pela internet quando ela ainda morava em Londres, está vindo para o Rio este fim de semana. Talvez role um encontro no evento!
Ufa! Agora sim, terminei!

8.10.07

Sorry

Pra quem costumava entrar aqui desde o início do blog, eu peço que me desculpem, mas realmente eu não tenho nada a dizer que seja útil. Nenhum filme visto, nenhum livro lido, estou fazendo parte da parcela alienada da população e isso aqui só tem servido para meus desabafos pessoais. Um dia, quem sabe, eu volto a virar gente.

7.10.07

She lost control

Sabe quando você está com sono, mas com preguiça de ir dormir? Então, hoje é sábado, a tchurma foi para o show do Manacá (uma banda carioca com uma vocalista zuper zegsie que faz cover do Novos Baianos, recomendo) e do Rockz (banda tipo Moptop, é boa, mas não é lá essas coisas), e eu sou a única que fica em casa jogando The Sims a madrugada toda e nervosa porque o meu personagem vai chegar no último posto da carreira e eu tenho que ficar mandando ele estudar toda hora.
Daí que como meu cabelo tá horroroso e eu não tenho dinheiro, fico em casa né, ninguém liga pra mim, ninguém me ama. Snif.

*

Apresentei o trabalho no curso de francês sobre o Joy Division, porque eu não tinha nenhuma idéia sobre o que falar e na verdade eu fiquei procastinando o quanto pude e quando vi eu tinha uma hora pra montar o trabalho. Acho que o pessoal curtiu e consegui salvar minha pele.

*

Não me pergunte porque eu mudei minha foto no orkut para uma da Punky, a levada da breca. São motivos muito pessoas.

5.10.07

We made no sense

"ai, Flávio, acho que não gostei da voz dele", eu disse no primeiro dia, nós dois já bêbados como nos convém.
"ih, aí é perigoso. aí é amor. quando você implica assim de cara..."
"ah não"

Apesar do diálogo ter acontecido entre Clarah Averbuck e seu amigo, eu me sinto na mesma situação. Não tem verdade mais verdadeira do que essa. E é assim desde os tempos do colégio, sempre que rolava de implicar com alguém, eu estava é na verdade apaixonada. Porque não sei vocês, mas quando eu era pequena, por volta dos nove anos, eu me apaixonei perdidamente por uns vinte caras. Cada semana era um amor novo e era sempre eterno, mas eu acabava sozinha, era uma coisa meio platônica. O lance é que eu sempre gostei dessa história de amor impossível, de chorar pra caralho vendo um filme, e agora eu to aqui velha com queda de cabelo e continuo com a mesma implicância, com essa história de que amor bom é amor impossível. Eu me canso.

*

Então que eu sou uma burra idiota que nunca, nunca aprendo e continuo fazendo as mesmas coisas. Prometo o que não vou cumprir, minto pra quem espera a verdade e confio em quem não merece. Cheia de problemas, mas se você me perguntar eu vou dizer que estou bem. Eu estou bem pra caralho, porque eu tenho ainda meia garrafa de vodka vagabunda em casa pra me dá uma puta ressaca e me fazer esquecer dos problemas que me afligem que nem são tantos assim, mas eu sou chegada num drama.

*

Eu mudei o visual hoje e não gostei. Eu não como carne há uma semana e eu nem sei direito o motivo. Ou talvez saiba, sei lá, vou parar de tentar entender as coisas.

2.10.07

Método maiêutico

Estou eu aqui enrolando pra estudar filosofia, porque gente, existe alguém que realmente gostaria de passar o seu dia de folga lendo sobre Platão, Aristóteles e Sócrates? Acho que não né?
Aí que eu tenho prova quinta-feira e eu não comprei o livro, ou seja, eu sequer sei do que o livro trata e a prova vai ser aquilo né? Método maiêutico escrito nas dez questões, porque isso é a unica coisa que entrou na minha cabeça em todas essas aulas. E agora todo mundo na faculdade fica me chamando de alcoólatra, porque eu tenho um intervalo de uma hora entre as aulas, e nessa hora eu geralmente vou pro bar e bebo todas as cervejas que consigo e depois fica difícil prestar atenção em algo que não seja a careca (sem duplo sentido) do professor. Então que eu assumo a culpa ok? Sou quase a Amy Winehouse. Fuck Rehab.

Mas eu me perdi no assunto, ia dizer que eu estava procastinando quando toca o telefone e meu irmão me avisa que comprou o ingresso do TIM Festival pra mim.

:D

Assim, bem simples, sem desespero, filas ou oferendas pra santo.
Vou comemorar meu aniversário em um evento cheio de gente moderna e descolada que me dá nos nervos, ouvindo Chan Marshall e Feist. Acho chato.

Mas agora eu vou ali estudar, porque Platão me espera.

1.10.07

Bate na madeira

Daí que aquilo né? Deve ter alguém botando um olhar de seca-pimenteira em mim, pô, todos os planos que faço vão por água abaixo, nunca vi. Primeiro eu queria ir na Bienal, mas justo naquela semana eu tive que gastar um dinheirão comprando livros para a faculdade e acabei ficando sem um puto pra gastar lá. Não que isso seja um problema, no final os livros que estão na Bienal eu posso muito bem comprar pela internet se eu tiver dinheiro. E o problema é justamente esse: falta de dinheiro. E vocês sabem, sem dinheiro tu fica parado no mesmo lugar, não dá pra fazer nada.

Ainda falando sobre falta de dinheiro e olhar seca-pimenteira, combinei de ir ao Festival do Rio, mas justo hoje, que era o dia marcado para assistir Control, eu tenho cinco reais na carteira e tipo, a passagem pro Rio são oito reais. Cuén pra mim, aqui na roça a viagem é compriiiida e a passagem é cara. A solução é se conformar e baixar na internet assim que possível. Triste.

Então é isso né, segunda-feira, acordei sete da manhã pra fazer uns exercícios, sabe como é, essa vida boêmia, indo de bar em bar todos os dias está me rendendo uma barriga saliente e como eu não quero virar sósia do Homer Simpson, eu tive que botar a preguiça de lado e ir correr pela manhã. Agora to aqui, cansada pra burro, sem dinheiro, com pilhas de exercícios de francês e provas me esperando, além de uma jornada cansativa pra burro na faculdade. Mas é isso, pobre tem mais é que se foder, pobre universitário então tem que se foder o dobro.

Momento poesia nessa bodega:

- que tudo se foda,
disse ela,
e se fodeu toda.

Paulo Leminski

29.9.07

Alienada

Então, já deu pra perceber que ando desanimada com isso aqui. A verdade é que ultimamente tenho estado meio alienada, não tenho lido nada além dos textos da faculdade. Me falta ânimo.
E meu pai cortou a tv a cabo, o que me deixa sem opção do que assistir e como eu não estou a fim de manter um blog pra contar sobre o quão ruim foi o final da novela ontem, eu prefiro ficar calada, com o meu copo de cerveja na mão. Porque é isso, tudo tinha mudado. Menos o que ficou igual.

23.9.07

Control

O filme sobre Ian Curtis, vocalista da banda Joy Division, estréia no Festival do Rio e dispensa comentários.

Domingo - 30/09/2007 Espaço de Cinema 1
23:30:00 hs
Segunda - 01/10/2007
Palacio 2
16:30:00 hs
Segunda - 01/10/2007
Palacio 2
21:30:00 hs
Quinta - 04/10/2007
Est Barra Point 2

Mal posso esperar para ver.

21.9.07

Post inútil

Essa vida de universitária é muito boa! É festa todo dia, uma melhor que a outra, esse mês de setembro tem sido tão feliz que mal dá pra acreditar.

Ando muito cansada, estudo o dia inteiro, de meio dia às nove da noite e depois sempre tem uma festa, um churrasco, uma chopada, é farra que não acaba mais. O resultado é que hoje é sexta-feira e eu já estou falida, cansada e sem fôlego pra encarar o fim de semana. Vou ficar em casa dormindo. Quem diria.

Semana que vem compro o ingresso para o Tim Festival. Ah, tudo bem que está caro e esse dinheiro eu poderia usar para outras coisas. Tudo bem que isso vai me deixar esgotada, visto que vou sair da faculdade e ir direto para o show. Tudo bem que meu pai não vai gostar da idéia. Mas poxa, uma vez na vida né? Perder a chance de ver Feist e Cat Power? No way, José. Dia 26 de outubro (dois dias após meu aniversário) lá estarei, louca, porém feliz!

E a vida continua.

Feito tatuagem

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava

Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço

Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo
Em carne viva

Corações de mãe
Arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sentes

- Chico Buaque

Às vezes acho que vou carregar você comigo para o resto da minha vida.

18.9.07

The Autumn Defense

Que eu sou fã do Wilco isso todo mundo sabe, o que nem todo mundo sabe é que o baixista John Stirratt e o multi-instrumentista Pat Sansone, ambos da banda Wilco, tem um projeto próprio chamado The Autumn Defense. Eu passei os últimos anos da minha vida na ignorância já que o primeiro albúm dos caras, The Green Hour, foi lançado em 2001. Mas nunca é tarde para se redimir. O terceiro albúm que leva o próprio nome da banda é excelente. Na minha opinião é o melhor dos três, não sai do meu playlist desde a descoberta.
Se você por algum motivo também não conhece o trabalho deles, agora é a sua chance de sair da escuridão.

Ouça o novo CD do The Autumn Defense e seus dias ficarão mais felizes.

13.9.07

Coincidências existem?

O que o Fino Coletivo, banda formada pelo compositor alagoano Wado, Alvinho Cabral e o carioca Momo, tem em comum com a Benflos?



Apesar de serem completamente diferentes no que diz respeito ao estilo, ambas escolheram a mesma imagem para o lançamento do CD. Felizmente, não vai haver briga e já está esclarecido de que tudo não passou de uma mera coincidência. As duas bandas porém, possuem mais coisas em comum: ambas são excelentes. Tive o prazer de assistir ao show da Benflos agora "aposentada", visto que o novo projeto dos caras, a Rockz, veio com tudo e ficou em primeiro plano (tem um post sobre o show no arquivos pra quem quiser ler), mas os fãs ainda lembram dos tempos de outrora com saudades. Já a banda Fino Coletivo, ainda não tive a chance de ir à um show, mas a boa notícia é que eles tocam dia 6 de outubro no Estrela da Lapa. Uma das minhas casas de show preferidas aqui no Rio. Espero que o Domênico (do projeto +2), apareça para fazer uma apresentação em conjunto.

É esperar para ver.

12.9.07

Shiny happy people

Ando tão feliz com os últimos acontecimentos da minha vida que me falta tempo para escrever. Estou aproveitando cada minuto dos meus dias, pois eles estão sendo maravilhosos. Desculpa não poder falar mais, mas é que a felicidade me chama.

Justo quando menos se espera, acontece.
Soube pelo Shiraga, claro.

9.9.07

Paz

Tão bom se sentir bem na própria pele. Acho que depois de tanta neura e pensamentos negativos eu merecia uma fase assim, de bem comigo mesma e consequentemente com os outros.

Quinta-feira passada eu tive o meu trote oficial, me pintaram, escreveram "bixo" na minha testa, fizeram eu andar a faculdade toda de elefantinho, recitar poesia, sair rolando morro abaixo, tacaram farinha no meu cabelo, me fizeram reverenciar veteranos e quando eu já não aguentava mais me fizeram ficar andando durante horas no centro de Niterói implorando dinheiro para os outros com um copinho de plástico. Vida de calouro é triste, mas também é muito feliz. Amanhã eu tenho caixas e mais caixas de cerveja me esperando na faculdade, a gente rala, mas vale o esforço!

O feriado foi muito tranquilo, não lembro qual foi a última vez que tive um assim. Meus pais foram para Friburgo e eu passei a sexta-feira sozinha em casa com uma garrafa de vodka, Marlboro e o DVD da Norah Jones. No sábado me senti entediada e como tinha a grana curta, decidi ir encontrar meus pais, peguei um ônibus e passei o resto do fim de semana tomando sol na beira da piscina e de noite ficava deitada em uma rede ouvindo Beatles, vendo um céu estrelado belíssimo e tomando vinho. Como que eu não havia feito isso antes, eu não sei.
Pela manhã, fui fazer uma longa caminhada e quando estava embrenhada no mato, um husky siberiano enorme veio em minha direção correndo. Eu achei que ela (uma fêmea linda por sinal) fosse me atacar, mas se jogou em cima de mim e me lambeu. A cadela era um amor, me acampanhou e brincou comigo durante toda a trilha e depois voltou sozinha para o seu dono.
Pena eu ter esquecido a câmera, queria ter tirado foto dela e de todos os bichinhos que encontrei.
Foi um fim de semana um tanto agradável.

7.9.07

Já vai tarde

Estava aqui em casa fazendo nada quando toca uma música do Los Hermanos no vizinho. Gente, ainda bem que Los Hermanos acabou. Sério. Não dava mais, tava no limite. Tudo bem que eu tenho os CD's, mas presta atenção, Los hermanos é chaaaaato toda vida, acho que a proposta deles era bacana, mas os fãs estragaram tudo. Fãs de Los Hermanos conseguem ser ainda mais chatos do que fãs da banda Cansei De Ser Sexy. Não aguento mais essa gente descolada, de camiseta de listras tomando café num calor insuportável do Rio de Janeiro, chorando porque queria estar congelando as bolas na Europa.
.
.
.
Conhece a banda gaúcha Pública?

Como que a MTV não paga pau pra uma banda dessas, mas fica falando de pseudo-bandas emo é que eu não sei.

Por essas e outras que eu sou fã do André Takeda.

4.9.07

Pimenta neles!

Dizem que ela existe pra ajudar
Dizem que ela existe pra proteger
Eu sei que ela pode te parar
Eu sei que ela pode te prender

Polícia!
Para que precisa?
Polícia!
Para que precisa de polícia?
- Titãs

Alguém aí já assistiu Tropa de Elite? O filme que fala sobre o Bope? Arnaldo Branco, jornalista do qual eu sou fã, fez um texto interessante sobre o mesmo. Tentei assistir no youtube, mas como a qualidade e o som está péssimo desisti na metade. Mas o filme parece ser bom e como o próprio Arnaldo diz, leva você a seguinte conclusão "a classe média só tem idiota". Além disto, Wagner Moura consegue ser um facista cativante, confesso que me surpreendi por vezes torcendo por ele no filme, mas isso foi só até chegar a parte em que ele espanca um maconheiro. Foi meio over, mas a polícia do Rio de Janeiro realmente funciona assim. Então, assistam e tirem suas próprias conclusões.


Fora isto, a vida anda tranquila e sem muitas novidades, estou tentando focar o máximo possível na faculdade, no estudo e nas novas pessoas que entraram em minha vida, pra não ter tempo de pensar em certos problemas. Preciso dá uma reciclada em muita coisa. Will see.

31.8.07

Fudeu

Entendam como quiserem.

ps - tirei meu nome do blog, isso que dá fazer post pessoais.

28.8.07

Bicho

Eu sei que ficar falando de mim o tempo todo neste blog é um saco e ninguém está realmente interessado na vida alheia, mas a vontade de falar sobre o meu primeiro dia na faculdade foi mais forte do que isso.

Faculdade pública tem o lado bom, mas também tem o seu lado ruim, meu horário é o mais confuso que já vi na vida, aulas que começam ao meio dia e vão até às quatro da tarde não me deixam tempo para almoçar, sem falar das aulas à noite. Então, acho que vou viver os próximos meses a base de cachorro-quente da tia.
Como comida não é o principal assunto, eu preciso falar sobre o que mais me chamou atenção, a desorganização da faculdade. Logo no primeiro dia não tivemos a aula de Filosofia da Educação, porque o professor simplesmente não apareceu. Sei que isto é a coisa mais normal do mundo para os veteranos, mas eu, como caloura (popularmente conhecida como bicho), fiquei frustrada. A sorte, é que tivemos aula de Língua Inglesa com o professor Marcelo Pinto que, aliás, deu uma aula maravilhosa e me deixou apaixonada pelo curso. Fiquei contente por ter acompanhado a aula em inglês sem dificuldade, pois estava com receio. Como muitos sabem, não fiz curso e muito menos fui ao exterior. Aprendi inglês sozinha, lendo e ouvindo música. Sempre odiei essa história de fazer 10 anos de curso ou coisa parecida por isso estudei inglês a vida toda por minha conta e risco.
Fora isto, antes que alguém pergunte, não teve trote. Os veteranos, porém, afirmam que quando menos esperarmos receberemos o que nos é merecido.

Conheci muita gente legal, mas também conheci muita gente jeca, gente que está ali porque como sempre, acharam que o mais importante era entrar para uma faculdade pública e só depois quando já estivesse lá dentro, decidisse o que fazer. Galerinha, vocês realmente acham que vão ser bons profissionais estudando algo que vocês não tem o menor interesse? Todos os trinta e oito alunos podem jurar de pé junto que estão ali porque querem, mas eu não acredito. É só olhar para a cara de uns e outros e você percebe que tem gente ali que vai ter que se desdobrar pra levar a coisa adiante. Mas, isso não é um problema meu, cada um faz o que achar melhor com a sua vida.
Então é isto. Prometo que vou me segurar pra não contar aqui quantas vezes eu fiquei bêbada esta semana, mas volto para fazer um post em homenagem aos vinte anos de idade da minha grande amiga, senhorita Gisele Duarte. O aniversário dela será comemorado neste sábado no Bar do Riquinha (o bar/puteiro mais pé sujo da Lapa), mas a cerveja é barata e vai deixar todo mundo no grau para chegar ao Bar da Ladeira (típico bar de burgueses, mas com um samba de primeira) feliz da vida.

ps - Esse post provavelmente foi ao ar séculos depois de escrito, visto que o blogspot está de birra e não me deixa atualizar.

27.8.07

Bienal

A XIII Bienal, ocorrerá no RJ entre os dias 13 a 23 de setembro. Para mim, é como se fosse a XX Experience dos nerds, então eu já estou começando a me preparar, ansiosa que estou para passar um dia inteeeeiro cercada de livros. Todos aqueles lançamentos ali diante do meus olhos e os clássicos por preços bacanas e aquele cheiro de livro novo, ah, estou muito entusiasmada!
Os homenageados este ano são Ariano Suassuna e Gabriel Garcia Márquez. O Gabriel Garcia eu adoro, o Ariano só conheco por causa da minissérie "A Pedra do Reino" que foi ao ar na Globo há pouco tempo atrás. Mas, eu já assisti a uma entrevista do Ariano na GNT, e esse velhinho com cara de ranzinza tem muita história pra contar, é meio biruta, mas eu já cheguei a conclusão de que não dá para ser brilhante, sem ser um pouco maluco.
Aqui vai uma listinha de livros que eu preciso comprar:

Hell´s Angels: Medo e Delírio Sobre Duas Rodas (Hunter S. Thompson)
O Menino (Edward Bunker)
O Enigma da Pedra (Jim Dodge)
Os 25 melhores poemas de Bukowski (Claaaaro, não podia faltar o velho safado)
Trópico de Câncer (Henry Miller)
Marabou Stork Nightmares (Irvine Welsh)
qualquer dicionário, livro de verbo em francês
e a lista cresce, porém aceito sugestões.

Sobre a vida, as coisas andam muito calmas por aqui, calmas até demais, o que me faz ficar apreensiva pelo o que está por vir, afinal, não tenho dúvidas de que esta é a famosa calmaria antes da tempestade.

24.8.07

Buh

A banda que mais escuto no momento chama-se Math and Physics Club, estou lendo Madame Bovary pela segunda vez, é o único livro que tinha aqui em casa que eu ainda não tinha relido.
A faculdade começa segunda-feira, o Véio vem para o Rio de Janeiro no sábado, a Bienal do Livro está próxima e eu tenho uma lista gigante de livros para comprar e nenhum dinheiro. Eu vou tentar ir à São Paulo em outubro. Eu preciso de dinheiro para assistir a Feist no Tim Festival. Eu ainda não esqueci você.

E é, eu falo sozinha.

21.8.07

A verdade sobre nós, meio intelectuais, meio de esquerda.

Retirado do blog Meio Cítrico, o texto abaixo pode ser um pouco grande, mas vale a pena a leitura. Com certeza você identificará a si mesmo e/ou alguns amigos.

BAR RUIM É LINDO, BICHO!
BAR RUIM É LINDO, BICHO!

De Antonio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. "Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins, que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma ali mesmo.Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó.Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo. Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos:os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae.Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo,saca?).
-Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

20.8.07

je t'aime encore.

Só quem já amou alguém sabe o significado da palavra ódio. Acredito eu, que o ódio seja uma espécie de amor, mas um amor doentio, um amor feio, um não querer bem. O amor que foi entregue e negado, e um amor que é negado, volta tingido de sangue, embrulhado em dor. Dor que se espalha por todo o corpo até atingir a alma.

Eu te odeio alguns dias da semana, mas ainda reservo outros pra te amar.

16.8.07

E a vida continua

Acho que quem visita o blog do Shiraga, já ouviu falar deste cara, aliás, acredito que foi através dele que descobri o Banksy. Eu fiquei encantada quando vi, mas também fiquei pensando que tem tanta gente talentosa por aí, fazendo um montão de coisas e eu não sei fazer absolutamente nada, só admirar. Então, eu decidi que vou tentar aprender a fazer stencil, pra pelo menos criar as minhas camisetas e pagar pau direito para as coisas que gosto.
Uma delas, é finalmente ter uma camiseta do filme Waking Life (foto). O filme que me fez virar fã de carteirinha do diretor Richard Linklater. Até então, os meus diretores preferidos eram dois: Kaufman e Cameron Crowe.
Eu queria realmente falar um monte sobre esse filme e quais os preferidos e todas as curiosidades, mas a verdade é que eu ando em um constante estado de embriaguez e na maioria das vezes que estou na internet, eu estou com uma puta ressaca e sono.
Na verdade, isto é só uma desculpa para a falta de criatividade e má escrita.

Só tem uma coisa que eu realmente preciso contar, ontem fui ao Cachaça Cinema Clube, um especial que acontece toda primeira quarta-feira do mês no Cine Odeon, e como ontem era o aniversário de cinco anos do Cachaça, exibiram os melhores curtas de um diretor até então desconhecido para mim, o Edgar Navarro. Foram exibidos cinco curtas, sendo uma trilogia que começa com a fase oral, chamada Alice no País das Mil Novilhas, uma versão bem mais interessante do que a original, eu poderia dizer. Queria colocar aqui um trecho do curta, quando a pequena Alice come um cogumelo e no meio da sua viagem, começa a tocar Here Comes The Sun, do Beatles, mas infelizmente não tem como. Uma pena, essa foi uma das melhores cenas que já vi na minha vida.
A segunda parte da trilogia leva o polêmico nome de O Rei do Cagaço, é a fase anal e é digamos assim, desconfortável de assistir, vocês podem imaginar o porquê, e por último, mas não menos importante, a terceira e última parte, é o filme fálico, chamado Exposed.
Além destes, também foram exibidos os curtas Lin e Katazan e Superoutro, também do diretor Edgar Navarro. Este último, foi o meu preferido e acredito que o de todas as 600 pessoas que lotaram o Odeon e esgotaram os ingressos. Dizem que até hoje Caetano Veloso faz umas sessões privadas na casa dele, mostra às pessoas o filme.
Pra terminar, após a sessão, algumas doses de cachaça de gengibre de graça, pra esquentar a noite fria e claro, ir à festa no Cordão do Bola Preta. Realizada pelo evento, com muita gente bonita e cerveja cara. Foi uma noite memorável.

13.8.07


11.8.07

Notícias aleatórias

Agora falta pouco, a faculdade já vai começar e eu me sinto ansiosa, não pela faculdade em si, mas por finalmente ter algo pra fazer. Tem acontecido bastante coisa por aqui, mas a vontade de falar sobre anda cada vez menor.
Então, o que vale a pena ser dito é que Bonecas Russas é um filme não tão recente, mas que eu só consegui ver agora. Sempre fui louca pra assistir a continuação de Albergue Espanhol e apesar de ainda preferi o primeiro, tenho que dizer que o filme é tão bom quanto eu esperava. E a história de que todo homem acredita que as mulheres são como bonecas russas (sempre tem outra por vir e por isso eles não conseguem ficar muito tempo com a mesma), é a mais pura verdade.

Mudando totalmente de assunto, fui à um bar conhecido como Beco do Rato (foto), esquina com a rua Joaquim Silva, coração da Lapa e antigamente frequentado por grandes nomes do samba como Noel Rosa. Aquele lugar é de longe o meu preferido agora. O que você vê ali você não verá em nenhum outro lugar. A cerveja gelada, os universitários, os coroas chamando meninas de vinte anos para dançar e dando um show, os travestis, gays, turistas, todos juntos no maior clima de descontração ouvindo um maravilhoso chorinho. É coisa que só quem é carioca pode saber.
E pra terminar, fui ao show do Forgotten Boys ontem, ainda estou me recuperando da ressaca, o que valeu ali foi a companhia, porque o show foi uma merda.
E eu vou ficando por aqui.

8.8.07

Feist

Agora é oficial, a cantora Feist virá ao Brasil em outubro e tudo indica que o show ocorrerá no Tim Festival no mesmo dia que a Björk. Como meu aniversário sempre coincide com o festival, eu não poderia desejar um presente melhor.

Pra quem não conhece, vai o clipe de "1,2,3,4", meu preferido.

4.8.07

Acabou

Deixa-me desabafar aqui e dizer que perdi o chão, dizer que por um momento eu olhei para as coisas e era como se eu não enxergasse nada. Eu tinha perdido a visão, perdido o senso, perdido tudo e o que me restava era só a loucura e uma coisa estranha que crescia dentro do peito, trazendo-me um gosto amargo na boca. Não poderia me enganar, não era um sintoma, uma doença. Aquilo que eu estava sentindo não era nada mais que a desilusão em sua forma palpável. Dava pra escutar o barulho de algo quebrando se você prestasse atenção. Como se alguém tivesse pegado um copo de vidro e o tacado no chão violentamente. E eu fiquei ali, olhando para os cacos, sabendo que eu não poderia consertar. Admirando pela última vez o que antes era algo sólido, era uma certeza. E chorando baixinho. Por dentro, porque nesses momentos você não quer que ninguém saiba. Não quer que ninguém veja que você está menor, está um pouco destruída e um pouco mais feia.

3.8.07

Fup

Se você (no singular, pois é o único leitor), soubesse quanto tempo eu levo para escrever duas linhas neste blog entenderia porque eu fico dias ausente. Eu percebo o quão confusa sou quando tento escrever, é um turbilhão de coisas sobre a qual eu quero falar. O último livro que li, a tristeza sem motivo, a reunião de amigos na segunda-feira mais fria do ano. É tanta coisa e ao mesmo tempo não é nada, que eu escrevo e apago. Cinco, até dez vezes, antes de conseguir postar alguma coisa aqui. Acho que por mais que eu não tenha público, as poucas pessoas que visitam merecem ler algo útil e ainda que eu não consiga, eu tento pelo menos colocar as vírgulas nos lugares certos. O que nem sempre acontece.

Nem contei pra você, mas recentemente eu li o livro do Jim Dodge, aquele chamado FUP. E novamente eu faço votos para que alguém se inspire com o texto e leia alguma coisa dele também. O livro é pequeno e pode ser lido de uma vez só. Eu o li em duas horas. Duas horas em que eu sequer senti o tempo correr. Pensei em vários adjetivos para descrever o livro e os que me vieram a cabeça foram: delicioso e psicodélico. O Biajoni, em seu post mais recente consegue explicar bem melhor do que eu o que você sente quando ler sua obra. Mas com o trecho que separei, pode-se ter uma idéia:

" Estava sonhando com as adoráveis irmãs gêmeas se aconchegando no seu corpo quando a lua cheia se ergueu sobre o rio, ofuscante e limpa. Ouviu um choro abafado, uma criança no outro quarto, anos atrás, e aí ouviu seu nome sussurrado, talvez Miúdo tentando acordá-lo, ou uma das belas filhas do cacique murmurando seu nome no sono. Escutou atentamente na escuridão, uma concentração que parecia tirá-lo de si mesmo em uma suspensão vazia. Escutou o próprio coração parar de bater, o último encher de pulmões deixá-lo em um silêncio luminoso. Esperou, totalmente quieto. Escutou seu choro suave retornar em sua carne, desvanecendo-se em direção à lua. E então um sussuro de asas enquanto era erguido.
Podia sentir, pelo jeito como era levado, que não se tratava de anjos, não podia conceber que fossem anjos, tinha tanta certeza de que eram patos que nem se incomodou em abrir os olhos. Pacientemente, fez um último esforço para conseguir mais uma batida de coração, mais uma respirada, e então lhes disse com teimosia e ênfase, sem demonstrar nenhum arrependimento ou pesar:
- Ora, com os diabos, fui imortal até morrer.
Esperou, mas não houve mais respiração. Sucumbindo por si mesmo, relaxou e deixou que o levassem."

30.7.07

Eu

Escrevi aqui e apaguei, sou tola e escrevo coisas inúteis que ninguém quer ler, nem eu mesma.
Eu não tenho muita coisa a dizer. Talvez que eu goste de uns livros e faço listas. Que escuto Beatles quando estou no ônibus sozinha e fico feliz. Eu amo ficar sozinha. Minha companhia é a mais agradável. Eu sonho acordada e quando durmo tenho pesadelos. Eu não costumo dormir de verdade, tenho insônia e olheiras que disfarço com o corretivo cor bege da Avon que eu comprei por uma bagatela. Eu me desespero quando vou comprar roupa e vejo que já fui mais magra. Uma vez por semana faço o meu bolo de chocolate que é o melhor bolo de chocolate do mundo, o resto dos dias eu conto as calorias da maçã. Tenho vontade de sair e dançar em cima da mesa do bar e no momento seguinte tenho vontade de me trancar em casa e nunca mais sair. Sou esquisita e fico feliz em dias frios, rabugenta quando faz calor. Sinto saudades constantes do que não vi. Amo pessoas que não conheco. Não ligo para os que estão em minha volta. Quando estou triste escuto The Smiths, quando estou feliz também. Queria saber fotografar. Odeio minha câmera digital e odeio que olhem para a câmera quando tiro fotos. Não sei falar francês direito. Sinto uma dor dentro do peito, mas sinto amor também.

26.7.07

Não faça como eu

Não enrole pra ir ao cinema, vá agora mesmo assistir Paris, Je T'aime, um filme que na verdade é composto de vários curtas sobre a cidade de Paris.
No vídeo, você tem uma amostra e de quebra pode ouvir a linda da Feist, minha mais nova cantora preferida na trilha sonora do filme.


Patético

Eu, você e a nossa vidinha.

22.7.07

Heaven knows I'm miserable now

Domingo ensolarado, crianças na piscina, o cheiro delicioso do almoço sendo feito e eu doente, com esse enjôo que não me abandona.
Tudo o que você tem que fazer é escutar The Smiths e tornar sua vida mais suportável.

18.7.07

Minoria

Engraçado, esses dias li uma reportagem na Folha que falava sobre a falta do hábito da leitura entre os jovens brasileiros e fiquei pensando, alguns dias atrás fiz um post no rascunho, falando sobre o FUP, livro do Jim Dodge que comecei a ler recentemente. Aliás, eu consegui o livro graças a um link que o Biajoni deixou no blog dele um tempo atrás. Não que meu pai se incomode em me dar grana pra comprar livros, mas eu sempre acabo gastando a grana com outras coisas, então, ler pela internet acaba sendo uma alternativa.
Mas voltando ao assunto, eu sempre gostei de ler, desde pequena. Eu lembro que quando minha mãe chegava aqui em casa com os livros do Ziraldo eu deitava na cama e passava a tarde in-tei-ra ali quietinha, lendo. Mamãe nem notava que eu estava em casa. E ai dela se não comprasse o Almanacão da Mônica, o gibi do Tio Patinhas e os livros infantis, era pirraça na certa.
Depois, quando cresci mais um pouco, passei a ler os clássicos brasileiros que minha mãe tinha. Li Carlos Drummond, Aluizio Azevedo, Machado de Assis e muito mais quando ainda tinha uns treze anos. Sem brincadeira.
Daí em diante, conforme fui ficando mais velha, fui adquirindo um gosto pessoal, prefiro literatura estrangeira, gosto de clássicos, mas o que me tira do sério mesmo são os escritores da geração beat. Putz, eu vibro lendo um livro desses caras. Outro que não é dessa geração, mas é um maldito é o Irvine Welsh, esse eu sou fã de carteirinha!

Agora, voltando a falar sobre o Jim Dodge, como frequentemente acontece, a dica veio do meu querido Shiraga. Li um poema do Jim Dodge no blog dele uma vez e vibrei com o troço, agora estou mais do que contente com a oportunidade de ler um livro do cara.

Preceitos básicos e avisos adicionais a jovens escroques

Não tente roubar uma vaca maior que sua caçamba.
Não mostre seu rabo pra Polícia Rodoviária.
Negociatas longas com grana curta é prejuízo na certa.
Não confunda o Evangelho com a Igreja.
Nunca dedure familiares ou amigos.
Evite morar em qualquer lugar onde não dê pra mijar da porta da frente.
Só porque é simples não significa que é fácil.
Não deixe seu olho grande preencher cheques que sua barriga vazia não possa bancar.
Se você não a quer, não a provoque.
Não estacione entre dois cachorrões jogando sujo.
Qualquer um amassa tomates; o foda é fazer o molho.
Nunca se é pobre demais para deixar de prestar atenção.
Não remoa por aí suas paranóias.
Nunca durma com uma mulher que considere isso um favor.
Se for atingido por um valentão, dê-lhe a outra face.
Se rolar de novo, atire no filho da puta.
Manter é sempre duas vezes mais difícil do que conseguir.
Nunca atravesse uma cidade pequena a 120 por hora com a filhota do xerife nua na garupa.
Nunca registre o preto no branco.
Se você não está confuso então não tá entendendo nada.
Amar é sempre mais difícil do que parece.

[Jim Dodge]

ps- Se não me engano o Jim Dodge esteve na FLIP, senhor Shiraga tem que me contar mais sobre o evento!

16.7.07

Moviestar

Eu sempre me achei um pouco parecida com a Christina Ricci, porque meus olhos são enormes e eu só tenho cabeça, sou baixinha. Agora a Amanda Peet e o Leonardo DiCaprio, nem nos meus melhores sonhos. Hollywood que me descubra!

15.7.07

Papo de bebum

Eu nunca mais vou beber, eu não tenho mais saúde pra isso, é sério. Estou velha, antigamente eu bebia e era engraçado e a ressaca era sinal de que a noite tinha sido boa. Mas agora toda vez que essa maldita dor de cabeça vem no dia seguinte eu fico dizendo que eu tenho que parar com isso. Parece que passaram um trator por cima de mim. Merda.
O fato é que ontem, as trocentas cervejas que não deveriam ter sido bebidas até que valeram a pena, alguém levou o DVD do Paul Mccartney e do Bob Dylan. Acho que um bêbado vagabundo que torce pro Fluminense e que todo mundo que frequenta o Bar do Bin conhece, mas enfim, o filha da puta do bêbado tem bom gosto musical. Ficou eu e a minha amiga, a Gika, bebendo e cantando "here, there and everywhere" em coral com os outros bêbados. Quando tocou "hey jude" foi emocionante, rolou palmas e mãos dadas pra cima, isqueiro. Me senti no show do Paul. [risos]
Depois fui pra uma balada e pessoas que não conheco mantiveram meu copo cheio. Acho que meu copo só ficou vazio quando eu começei a ver tudo em dobro e eu decidi que tinha que ir embora. Aí como o pessoal tem fôlego pra ficar na balada até de manhã e eu ando velha demais pra isso, vim pra casa sozinha. Andei um pedaço enooorme sozinha na madrugada e ainda peguei o busão. Tudo isso bêbada, não sei como que consegui essa proeza.
Mas eu lembrei o que eu vim escrever aqui! Era pra falar que eu não lembro qual era o DVD do Paul Mccartney que eu vi ontem, mas aquele era foda. [risos]

14.7.07

O que eu queria te falar

"Eu gosto assim, simples. Simples e certeiro. Vem direto aqui, ó. E me pega. E eu queria ter alguém que entendesse pra eu poder mostrar isso, e ele concordaria e talvez mordesse o lábio de tão bom e simples e certeiro nós ficaríamos aqui, só aqui, assim. Escutando umas músicas. Nos curando do sábado. Esperando a segunda cheia de coisas a serem feitas. Só umas horinhas a serem passadas juntos, nada demais.
Às vezes poder ficar em silêncio é um acontecimento.
Às vezes não precisa acontecer nada."

13.7.07

Nota

O novo cd do Interpol "Our Love to Admire", é lindo.

11.7.07

Passando adiante

Adoro responder esse tipo de coisa, essa foi o Shiraga que me passou.

· Disco que você ouve inteiro
Nacional:
Mombojó – Homem Espuma
Internacional: Sky Blue Sky - Wilco

· Disco que só tem uma faixa que presta
Nacional:
A Onda Mortal – Cansei de Ser Sexy
Internacional: Gravitys Rainbow - The Klaxons

· Disco horrível de uma banda e ou cantor excelente
Se eu gosto da banda, não existe Cd ruim. haha

· Banda e ou cantor que você ainda vai ter todos os discos
Nacional: Chico Buarque
Internacional: Wilco

· Banda que você tem todos os discos
Nacional: não tenho quase nenhum cd nacional, mas, se é pra citar um, Mombojó.
Internacional: Coldplay

· Disco que você se arrependeu de comprar
O do Franz Ferdinand e o do The Hives.

10.7.07

Do the D.A.N.C.E

Depois do primeiro sucesso "Never Be Alone", a dupla francesa Justice (já conhecida no mundinho underground e famosa pra quem visita o site do Cobra Snake), volta com o hit mais chiclete de todos os tempos, a música "D.A.N.C.E" foi gravada com um coral de crianças em Londres. O detalhe, é que a letra foi escrita com os títulos das músicas do Michael Jackson em sua homenagem. É escutar uma vez pra não tirar mais do repeat. Altamente recomendável assistir o clipe e em seguida ir no soulseek fazer o download!




Vale lembrar que as estampas na camiseta, foram feitas por eles mesmo. Antes de se envolver com o mundo da música, os dois trabalhavam com estamparia na França. Diz eles, que o clip levou apenas "10" minutos para ser feito e custou poucos dólares. Uau!

7.7.07

Treta

Só porque eu ando confusa demais e consequentemente desanimada pra sair, este final de semana tem o Anima Mundi que eu ainda não fui e o Live Earth, que sinceramente, o do Brasil nem me anima muito, só gostaria de assistir ao Jorge Benjor, porque Xuxa é muita apelação.
Então, sem ânimo para todas essas coisas, também perdi durante a semana o show do Canastra no Canecão e o show da Benflos no Recanto da Lapa. Meu, o que que está acontecendo comigo?

Andei pensando e acho que nem no Indie Rock Festival que eu tanto esperei eu vou, sei lá cara, pagar uma grana considerável pra ver umas bandas que estão cagando e andando pra mim. Tá que quando você gosta do artista você não perde tempo pensando nessas besteiras e é sempre bom encontrar os amigos, beber e se divertir no show. Mas.

Estou cheia de problemas pessoais, coisa minha mesmo, estou me sentindo até um tanto egoísta. Mas não sei como e por qual motivo (ok, talvez eu saiba o motivo), eu coloquei em minha cabeça que eu tenho que vir em primeiro lugar. De nada adianta, sair, se doar aos outros e todas as outras coisas. Eu preciso primeiro resolver as minhas paranóias e isso está sendo mais difícil do que eu pensava.
Esse post está uma confusão só, foi só pra não deixar desatualizado. Acho que vou assistir o Live Earth pela Multishow mesmo e depois vou à Friburgo. De novo.

2.7.07

Sem o que fazer, escrevo.

Ela sentiu o vento quase cortando sua pele já ressecada pelo frio. As mãos confusas, não sabendo o que fazer. Tentava tirar o cabelo do rosto, mas suas mãos congelavam e as enfiava de volta no casaco. Ultimamente o tempo estava sempre assim, nublado, parecia até um estado de espírito, aquele céu azul de um dia de verão parecia uma memória triste e distante, não queria lembrar.
A rua estava molhada, acabara de chover quando ainda estava no ônibus, não havia muitas pessoas caminhando e as que estavam, tinham um semblante triste. Com toda certeza, o tempo tinha algo com isso.
Amy chegou em casa finalmente e como de costume pegou a bolsa e a vasculhou inteira procurando pela chave. Um dia ela teria que ser mais organizada com as suas coisas.
Abriu a porta, a bagunça intacta. O ruído do vento vindo lá de fora, uma pilha de louça pra lavar, guimba de cigarro no chão. – duvido que alguém seja mais looser do que eu. Disse, dando um sorrisinho irônico.
Deixou o café coando na cafeteira e foi tomar um banho escutando Smiths no último volume. Ouvia e cantava a plenos pulmões a parte que tanto gostava:

because the music that he constantly play,
it says nothing to me about my life.”


Saiu do banho e ainda enrolada na toalha acendeu o seu cigarro, todas aquelas promessas sobre emagrecer, parar de fumar, arranjar um namorado. Quanta besteira. Passaram-se cinco anos desde que se mudou para este pequeno apartamento e a vida continuava a mesma. Um maço e meio de Lucky Strike por dia. Cinco quilos a mais e como companhia somente a voz do Morrissey. Claro que houve muitos caras nesses cinco anos. Mas todos eles eram apenas passageiros e tinham finalidade específica. Tomas era bom de cama e por isso lhe servia. Até Amy descobrir que ele era bom de cama com todas as amigas dela também. Mark era o playboy rico que a levava nos motéis e restaurantes mais caros e isso era o que ele tinha de mais atraente. Por último, o Daniel. Ah o Danny! Lindo, sensível, educado...e gay. É, todos em que realmente você deveria investir são gays. Ao menos, eles podem ser ótimos amigos.
Mas ter amigos não era o que interessava a Amy. Ela tinha cinco bons amigos que fizera ainda quando chegara na cidade aos dezenove anos. Uma estudante desengonçada com a mesma calça jeans Levi’s e o All Star sujo. Naquela época, entretanto, se achava bonita. Os cabelos virgens cor de mel até a altura dos ombros combinavam com a pele pálida e os olhos castanhos claro. Agora, o cabelo estava curto e repicado, em uma tentativa frustrada de parecer moderna, as olheiras de cansaço circundavam seus olhos e se destacavam em sua pele pálida, e pra piorar tudo isto, o seu rosto estava três vezes maior, como ela sempre dizia insatisfeita com o seu peso.
Estava divagando sobre essa sua época quando o telefone tocou. Odiava atender telefonemas, mas de nada adiantava pensar nestas coisas. Deu um profundo suspiro e correu para atender ao telefone.

30.6.07

Louco é quem me diz, que não é feliz


Este post vai em homenagem ao Borati (que agora tem blog), um camarada que eu conheci pela internet e depois pessoalmente na 13º edição do festival Anima Mundi, que aliás, começou ontem. O Anima Mundi, agora em sua 15º edição, é um festival com o melhor da animação mundial que vai rolar entre os dias 29 de junho a 8 de julho.
Quem não quiser perder o programão, só precisa ir no CCBB do centro do Rio e com R$6,00 (R$ 3,00 a meia entrada), assistir a uma exibição. Pode levar a criançada, a namorada (o) e o primo pentelho porque o programa é diversão garantida.

Agora, deixa eu falar sobre o assunto do momento, o show d'Os Mutantes ontem no Circo Voador. Sou eternamente grata a minha amiga Raísa, por ter me convidado para o show e o melhor, de graça, quando a inteira custava R$50,00.
O show começou meia noite e meia, após duas horas e meia de atraso já previsto, a casa estava lotada, com fila dando voltas para entrar. Se o público estava animado, Os Mutantes estavam ainda mais. Zelia Duncan era só alegria no comando da festa, quando não estava cantando, estava rindo das palhaçadas que o Sérgio Dias fazia no palco, isso sem falar da figura única que é o Arnaldo Baptista. Ao fim do show, enquanto todos da banda agradeciam ao público, Arnaldo se jogou no chão e fez uma série de flexões. E fez mais do que muito marmanjo novo por aí, vou te falar.

O show teve grandes momentos, o coral em Technocolor, Bat Macumba, Ando Meio Desligado, Panis et Circenses (quase me descabelei nessa hora), Balada do Louco, I'm sorry baby. Em praticamente todas as músicas podia se ouvir a cantoria, foi um show de clássicos.

O público também deu o seu show a parte, quando todos pediam para a banda voltar e tocar mais um pouco, a surpresa porém, surgiu do meio da platéia, quando uma menina que devia estar mucho loca das idéias simplesmente tirou a blusa e começou a pular loucamente do jeito que veio ao mundo. A atitude causou um auê e Os Mutantes continuaram cantando como se nada estivesse acontecendo. Bat Macumba ê ê!
No final, enquanto eu e Raísa descansávamos, adivinha quem aparece ali do lado, na fila do chopp? O Amarante, foi um momento groupie, a gente ficava olhando pra ele sem conseguir disfarçar a tietagem. Estava tudo bom demais pra ser verdade e ficando ainda melhor (ainda que tenha tido contratempos), mas isto já é outra história.

27.6.07

Evento pra gente bonita

Vamos juntar dinheiro...
O festival é no dia 26 e 27 de julho, mas eu como uma pobre mortal desempregada (por opção que fique bem claro) e universitária dependente do dinheiro dos pais já estou me preparando para o evento onde só vai dá gente bacana e bonita ou como diria meus amigos: gente moderna.
Eu confesso que estou mais empolgada para assistir o Mombojó do que as outras bandas, porque eu os assisti somente um vez no Tim Festival do ano passado e foi o suficiente para ter certeza de que se tratava de uma banda excelente. A entrada é cara, cem dinheiros (cinquenta a meia entrada), mas vale lembrar que são três bandas MARAVILHOSAS por noite, coisa fina, de primeira e no final a gente pode sair do Circo Voador e ir no Bar Arco Íris, tomar aquela cerveja gelada até o dia raiar. Jóia.

Caso alguém esteja se perguntando de quem diabos eu estou falando, pode ir nesse site e escutar o Podcast chuchu beleza feito com músicas de todas as bandas presente no festival.
Agora é juntar dinheiro no porquinho e esperar.

26.6.07

A primeira impressão é a que fica

Hoje cedo fui na UERJ pegar a minha grade e uma parte de mim ficou pensando que estou fazendo uma grande burrada, não sei exatamente o por quê dessa sensação, acho que é o medo diante do novo. A outra parte, ficou olhando para os rostos ao meu lado e pensando que ninguém parecia interessante. Caraca, é muito azar. Eu devo ser realmente exigente, porque eu olhava para a carinha do povo e ficava aflita, ninguém ali parece ser 1/3 parecido comigo. Meu pai diria que isso é uma coisa boa, mas porra, não joguem pedra em mim, mas quanta gente feia! Essa moda hippie no campus de humanas tinha que ser abolida. E os caras? Os alunos de História em sua maioria tinham o cabelo precisando de um bom corte e todos com aquele estilo "maluco beleza". Não que eu não curta História, eu amo. Mas meu, ninguém tinha cara de quem curte Arctic Monkeys pra ir comigo no Tim Festival. Olha, vou te contar, estou muito frustada.
*
Ah, antes que eu me esqueça, terminei de ler o meu segundo livro do Bukowski, o "Misto-Quente". Na verdade, eu o li em um dia e meio, porque não conseguia parar, é simplesmente demais! O “Mulheres” também é muito bom, mas esse é excelente! E antes que pensem que só vi o aspecto ruim da faculdade, eu fiquei empolgada com as aulas de “Literatura Inglesa e Norte Americana”. Parece promissor, vamos torcer.

25.6.07

Tendência

Tá se achando descolado é? Dá uma olhada na última "moda" lançada no Glastonbury Festival deste ano:


Todo mundo com as galochas, acho válido se sujar de lama num festival como esse.
Mais fotos aqui.

20.6.07

Poético, ou não.

"Quando o recreio terminou, me sentei na sala de aula e fiquei pensando no assunto. Minha mãe tinha um buraco e meu pai tinha um pinto que espirrava suco. Como eles podiam ter coisas como essas e continuar caminhando como se tudo fosse normal, conversando sobre banalidades, e então fazer aquilo e não contar nada para ninguém? Sentia realmente vontade de vomitar quando encarava a idéia de ter começado a partir do suco do meu pai."

Trecho de Misto-Quente, Charles Bukowski.

18.6.07

We just don't care

Estou há semanas pra postar esse vídeo do John Legend, a música: P.D.A We Just Don't Care está tocando na novela e por isso está fazendo o maior sucesso, mas eu não tinha dado bola até assistir o clipe, que foi gravado nos meus lugares preferidos. Confesso que me dá uma saudade tremenda do meu carnaval quando vejo as cenas no samba do Escravos da Mauá e na Lapa. O clipe todo foi gravado no Rio, as praias da Zona Sul, Hotel Gloria, Arco do Teles, Santa Tereza. Vendo este clipe eu lembro das minhas histórias e por me trazer tão boas lembranças, acabei viciando na música.


Eu sinceramente espero que o meu grande amigo Marcus, possa vir para o Rio essa semana, para que eu possa mostrar um pouco que seja da minha cidade maravilhosa.

17.6.07

I got a lust for life!

Begbie: Did you bring the cards?
Sick Boy: What?
Begbie: The cards, the last thing I told you was to mind the cards!
Sick Boy: Well, I've not brought them.
Begbie: It's fucking boring after a while without the cards.
Sick Boy: I'm sorry.
Begbie: Bit fucking late, like.
Sick Boy: Why didn't *you* bring them?
Begbie: 'CAUSE I FUCKING TOLD YOU TO BRING THEM, YOU DOSS CUNT!

Esses dias assisti Trainspotting de novo, pela milésima vez. É impressionante, mas toda vez que eu assisto, eu corro para reler o livro (também pela milionésima vez) e sempre me emociono, sempre morro de rir, sempre fico apaixonada pelo o Mark Renton (personagem do meu amado Ewan Mcgregor), mesmo ele sendo um filho da puta drogado que sacaneia os “amigos”.
Uma vez, eu li em uma revista americana acho, uma crítica em que dizia-se que Trainspotting é o melhor livro já escrito na década de 90 e eu concordo! Você pode reler mil vezes e sempre vai descobrir algum detalhe a mais na personalidade doentia dos caras. É óbvio que o Pornô, livro que é continuação da história, também é excelente, mas não chega aos pés do original. O número de frases memoráveis são absurdas, sem falar que a trilha sonora, com Iggy Pop, New Order e Lou Reed desbanca qualquer um. Tudo isso, para dizer que esse mês o filme vai passar no Telecine Cult e eu como boa fanática que sou, mesmo com o DVD em casa, vou assistir, lógico.

Antes que eu me esqueça, preciso dizer que eu estou muito orgulhosa do Shiraga. Deixa eu explicar melhor, foi através do Shiraga que eu conheci o blog do Biajoni, que tenho nos meus favoritos e leio religiosamente. O Biajoni, eu infelizmente não conheço e sequer comento no blog, mas adoro o que ele escreve e fiquei contente em saber que o livro dele (o qual ele diz que levou 10 anos para finalizar) está pronto. O livro chama-se Virginia Berlim – Uma experiência e eu estou doiiida pra ler.
Agora você me pergunta: aonde o Shiraga, meu camarada paulista, entra nessa história?
Bom, como se a idéia do livro já não fosse excelente, ele ainda vem acompanhado de um cd. Doze faixas que compõe uma espécie de trilha sonora do livro e que foram traduzidas pelo meu camarada junto com o Bia. Agora você vê só que orgulho! Qual o livro você já comprou e vinha acompanhado de uma trilha sonora? Isso é fenomenal! Isso é um acontecimento minha gente! Estou esperando o Biajoni na capa do Prosa&Verso!

Ah! E o livro por enquanto só está sendo vendido no site dos Vira Lata por módicos R$28.90. Eu sou tão pobre que não tenho vinte e oito e noventa, mas em breve terei e vou comprar e vou contar pra todo mundo porque mermão é o livro do Biajoni! Tem que ler tem que ler!

Por último, mas não menos importante. Pedi demissão do emprego. É eu sei, não fiquei nem uma semana, mas minha gente, eu posso não ter experiência profissional e posso ter ficado rebelde no último ano do colégio, mas eu não nasci pra trabalho escravo. Uma pena, porque eu gostei mesmo do pessoal e amanhã vou até no show do namorado da Carlinha. Mas trabalhar em shopping acho que nunca mais na minha vidinha.
Em breve espero ter boas notícias. Parece que o pessoal de SP, tanto o Marcus como o Veio vão vir para o Rio e se tudo correr bem vou arranjar um emprego novo, bem melhor e pra ganhar uma grana suuuper bacana. Aguardem os próximos capítulos.

15.6.07

Sr. Madruga

Acho que mentiram pra mim a minha vida toda. Não sou filha do meu pai e sim do Sr. Madruga. Eu só tenho vocação é pra vagabundagem, vou te contar, a escravidão já acabou, avisem a loja em que eu trabalho!
Lá na loja, uma das atendentes está desesperadamente querendo sair porque segundo ela "Não dá mais" e eu entendo, comecei na segunda-feira e trabalho direto com direito a uma mísera folga somente na quarta-feira que vem, ou seja, passarei o domingo inteiro na loja (chegando mais cedo pra LAVAR a loja), tendo que conciliar tudo isso com o francês. Eu não consigo aguentar uma coisa dessas!
Então, conversei com meu pai e parece que mal começei no emprego e já vou pedir as contas, eu passei na UERJ justamente pra me formar e com isso conseguir um emprego bom. [editado]
Ainda estou pensando se fico ou não, gosto das meninas e até que o serviço é fácil, mas trabalhar praticamente de segunda a segunda até 10 da noite é dose pra qualquer um!
Ah e antes que eu me esqueça, ofereço todo o meu mísero salário pra quem matar a Ivete Sangalo e sumir com todas as cópias do DVD dela.

13.6.07

Trabalha, nega.

Últimas notícias da minha vidinha de proletariada mal paga (como se alguém realmente quisesse saber), estou trabalhando em uma loja de CD's, livros e DVD's no Plazza Shopping, a New Disc. O emprego não é nem de longe o ideal, estou ralando pra caramba no caixa (coisa com a qual não tinha a menor familiaridade até ontem), então é cagada atrás de cagada. A gerente fica o tempo todo no meu pé (não que ela seja ignorante, pois é até bem simpática), pra evitar que eu cometa muitos erros, mas você sabe, Andressa e a palavra erro andam de mãos dadas.
O fato, é que tudo está bem por aqui, tirando o fato de que chego em casa por volta de meia noite e que durante o dia inteiro escuto o DVD da Ivete Sangalo e outras cousas "maravilhosas" que eu nunca tinha ouvido falar em minha vida, como uma tal de dupla chamada Edson e Hudson. Meu, vocês conhecem essa dupla sertaneja? Pois é, eu também não. E olha que vende horrores na loja e é um pessoal bonito que compra lá! A loja é até cara e vende cds importados excelentes que eu super queria comprar, mas não, o que vende é Ivete e dupla sertaneja. Vai entender, depois me chama de preconceituosa quando digo que brasileiro é brega.

Só pra constar, pedi com educação para tocarem Beatles na loja e todo mundo fez uma cara de quem comeu jiló, então tentei mais uma vez, talvez um Chico Buarque e de novo a cara de quem comeu jiló. Então tá, não falo mais nada.

8.6.07

Esse é o reino da alegria.

Esses dias têm acontecido tanta coisa por aqui que fica difícil falar, também não são um tipo de novidade que venha a chocar alguém, são pequenas coisas, coisas que nem eu sabia que poderiam tornar minha semana tão perfeita. Porque essa semana sem dúvida foi perfeita. O meu único problema é o festival de Jazz, que até e-mail de um dos carinhas da produção eu recebi, só não sei porquê a pessoa fez isso se não me conhece, mas eu acabei desistindo da loucura porque ao que tudo indica arranjei um emprego. O Véio pareceu-me inconformado de ter que desistir da sua vinda ao Rio de Janeiro, mas ele sabe que agora assim que possível eu estou indo para a terrinha dele.

Hoje foi a minha despedida no francês, vou ter que mudar de turma. É incrível como eu me apaguei a essa turma. Tomei meu último café com a Mabel no terraço. Dei as últimas gargalhadas com a Luciana, peguei a última carona com o Alessandro e dei o abraço no Marco. Ritual que era feito todas às sextas-feiras. Só de lembrar me dá saudade!
Fato, é que pra fechar a semana com chave de ouro eu programei uma noite insana pra me despedir da partyanimal que há em mim. Agora o emprego, logo começa a faculdade e então essa minha vida de festeira vai acabar. Eu só posso dizer que aproveitei muito esses últimos meses.
E tá, post sentimentalóide e sem conteúdo como este me irritam, mas eu precisava dizer isso.
Bom fim de semana e muita alegria pra todo os leitores fictícios (principalmente o povo de BH que vive entrando aqui e eu não faço a menor idéia de quem são essas criaturas, mas agradeço).


Apdeite - Adivinha quem é um ótimo jornalista, tem um blog maravilhoso e agora com o layout lindo? O Shiraga!

4.6.07

I feel good paranãnãnãnã!

Disse que ia voltar para falar sobre o show do Chico Buarque, mas se vocês leram a notícia no post abaixo já sabem que foi mágico. Fazia muito frio, mas ninguém dava a mínima, todos os meus melhores amigos estavam lá (bom, faltou o Hugo), além do show ter acontecido no melhor lugar do Rio de Janeiro. A Lapa. Nunca mais ouvirei "Quem te viu, quem te vê", "João e Maria" e " As Vitrines" do mesmo jeito.

O fim de semana em Friburgo foi jóia, o único problema foi o frio. Fazia tanto frio que eu tinha a sensação de que se ficasse parada dois minutos ia acabar congelando.
Algumas fotos da viagem:



meu irmão magrelo que saiu gordo na foto haha

Para esse feriado, como o combinado, o Véio está vindo de São Paulo e se tudo der certo, após a apresentação no francês estarei indo ao encontro do meu amigo, com alguns trocados no bolso e um dedão levantado para pedir carona. Não vamos perder o festival de Jazz por nada nesse mundo. Por enquanto é só.

1.6.07

"todo domingo, tem cheiro de flor"

Me perguntaram no curso de francês por que eu não parava de rir. Deve ser porque quando se está feliz, você não consegue guardar toda a felicidade para si e tem que dividir com os outros.
Amanhã estou indo para Friburgo, morro de saudades desse lugar, ainda mais agora que está frio, a cidade fica ainda mais charmosa.
Na volta falo sobre a exposiçao da China no CCBB e o show do Chico Buarque, motivo pelo qual estou até agora radiante.

30.5.07

On The Road

"Dean me mostrou outras fotos. De repente, percebi que aquelas eram fotografias que nossos filhos olhariam algum dia, com espanto, pensando que seus pais tinham levado vidas ordeiras, tranqüilamente, tudo con­forme o figurino, e aqueles instantâneos o comprovariam, homens orgulhosos e trabalhadores, que haviam percorrido as insípidas calçadas da vida sem sequer sonhar com a loucura esfarrapada, com a balbúrdia devassa de nossas rotas vidas reais, de nossa noite vigente, o inferno disso tudo e a estrada do pesadelo sem sentido. Tudo isso num vazio sem começo nem fim. Ah, a santa ignorância dessas pobres crianças!"

Como o Holden Caulfield disse no livro The Catcher in the Rye, existem livros que fazem você querer virar amigo do autor, telefonar pra ele, contar o quanto você aprendeu com aquilo e é exatamente isso que eu queria. Queria ligar para o Jack Kerouac e dizer: Cara, você mudou minha vida.